Por exemplo, no quadro de Monet “Rue Montorgueil em Paris”, à primeira vista, o nosso sistema visual diz-nos que estamos a ver várias bandeiras de França. No entanto, se analisarmos em maior detalhe, apercebemo-nos que muitas das bandeiras estão apenas representadas por uma pincelada de vermelho, azul ou branco, pois as 3 cores da bandeira nacional Francesa não aparecem adjacentes entre si tal como seria de esperar: a nossa visão periférica tem a capacidade “completar” de “preencher” a informação em falta, neste caso referente às fixas de cor das bandeiras tricolores.
“A Rua Montorgueil em Paris”- Monet, 1878
A nossa visão periférica regista a nossa primeira impressão de uma cena, regista a memória de um dado evento no tempo.
Mas como escolhemos para onde olhar?
De acordo com o psicólogo russo A. L. Yarbus, a nossa visão periférica tende a “escolher” partes do campo visual que contêm maior contraste, maior detalhe, ou interesses de significado biológico como sejam por exemplo outros seres humanos, e nestes, olhamos principalmentes os olhos humanos.
Este é um facto em todas as culturas humanas: os olhos têm uma grande importância emocional e surgem como o ponto principal de referência de onde se pode obter informação sobre uma pessoa.
De acordo com o psicólogo russo A. L. Yarbus, a nossa visão periférica tende a “escolher” partes do campo visual que contêm maior contraste, maior detalhe, ou interesses de significado biológico como sejam por exemplo outros seres humanos, e nestes, olhamos principalmentes os olhos humanos.
Este é um facto em todas as culturas humanas: os olhos têm uma grande importância emocional e surgem como o ponto principal de referência de onde se pode obter informação sobre uma pessoa.
Fontes:
"Vision and Art: The Biology of Seeing" - Margaret Livingstone, Abrams, 2002